3° TRR 'Contra a fome"

Não aguentava mais esperar chegar esse dia. Enfim, chegou! Estava muito animado, pois depois de 2 eventos, as pessoas na rua já me cobravam por festas e logo me perguntava quando teria outro. Sabia que seria um sucesso, já não tinha medo de competir com as velhas discotecas e aquela repetição de grupos locais todos os finais de semana em Curaçá. Enfim, as pessoas havia aprendido a ouvir ou, pelo menos, mesclar um pouquinho o som, elas começaram a ouvir e dançar rock'roll, não éramos mais aquele grupo de 15, 20 pessoas que sempre nos encontrava pra ouvir um som alternativo e mais interessante. Casa cheia, isso era uma certeza. Então, vamos lá. Isso ano veio Outdó, assim como Carrancudos, de Petrolina. No ano passado, no mesmo tributo, Petrônio trouxe um amigo para fazer participação no voz e violão, Allan Carlos. Todos gostaram, por isso, resolvi trazer sua banda, Outdó.

2° Tributo

Depois do 1°, tudo ficou mais fácil. Empolgado com o sucesso do ano anterior resolvir dar prosseguimento às homenagens a Renato Russo. Como ele morrera no dia 11 de outubro, sempre véspera de feriado, não importando o dia, se é segunda ou sexta, sempre seria um dia bom para curtir. Então, por que não continuar reunindo o pessoal para ver vídeos da Legião Urbana, cantar suas canções e mesclar com som dos anos 80...relembrando velhos hits...foi o que fiz. Aproveitei a ocasião para realizar um sonho meu antigo e mais apimentando em 2003, quando entrava na faculdade e conhecera o som dos Carrancudos, uma das melhores bandas da região, mas precisamente de Petrolina-PE. Já conhecia algumas canções, porém nunca tinha visto nenhuma apresentação da Banda. Desejo realizado...sempre curtia o som deles nas diversas festas do fera durante o tempo que fiquei na faculdade, mas sem contato com o pessoal da banda. Cheguei a conhecer, por intermédio de um amigo que fazia o curso história, o baterista Sandro, mas nunca consegui articular em ocasião mais amigável para que pudesse conhecer o restante do grupo. Porém me surpreendi quando tomava uma sopa no Caís do Porto em Juazeiro, ao ouvir um rapaz cantar algumas canções que o meu ouvida já havia escutado...me veio uma dúvida..será que ele toca em Carrancudos...pra ter a certeza pedir ao garçom que o entregasse um pedaço de papel com o pedido de música, pedir para que ele cantasse Advogando por Havana, uma música da banda que eu conhecia...fiquei feliz, pois ele tocou e agradeceu pelo pedido. Logo depois, ele sentara na minha mesa, pronto: finalmente conheci Petrônio Renieri, vocalista e líder dos Carrancudos. Ali mesmo já fiz o convite para tocar em Curaçá...o que veio ser realidade no dia 11 de Outubro de 2007, no 2° Tributo a Renato Russo. Simplesmente foi um estouro, sucesso total, casa cheia, galera animada, um sonho concretizado, Carrancudos matou a pau.

Nasce o Tributo a Renato Russo

Fã que sou de Renato Russo e da Legião Urbana, não podia deixar realizar um evento pra homenagiá-lo. Foi o que fiz. Logo procurei Jane e Maurízio, falei da idéia para viabilizar uma possibilidade de um Show dos Bichos Escrotos e uma galera de convidados cantanto músicas de Renato, num tributo. Legal, ambos concordaram...então mãos à obra. Começamos a organizar os coisas, a convidar e confirmar presença de músicos, local, som e tudo mais. E assim foi, conseguimos realizar o 1° Tributo a Renato Russo, seria uma semente de um novo tempo. Nascera ali um grande encontro de amigos e artistas.

10 Anos em Renato Russo

11/10/2008 - 1O anos de saudades...

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 27 de março de 1960, filho do economista Renato Manfredini, funcionário do Banco do Brasil e de Dona Maria do Carmo, professora de inglês. Ele aprendeu inglês desde pequeno, quando morou, dos 7 aos 10 anos, em Nova York. Nova transferêcia do pai levou o menino, já com 13 anos, a Brasília que tanto marcou sua música. Renato teve uma infância e adolescência de classe média alta, típica do pessoal das bandas de Brasília. Entre os 15 e os 17 anos enfrentou várias operações e viveu entre a cama e a cadeira de rodas, combatendo uma doença óssea rara chamada epifisiólise.

Em 78, inspirado pelo Sex Pistols, Renato formou o Aborto Elétrico, que no vai e vem de integrantes, contou com participações de Fê e Flavio Lemos (depois do Capital Inicial), Ico Ouro Preto e André Pretorius. Em 82 abandonou o Aborto Elétrico e passou a fazer trabalhos solos. Neste período ficou conhecido como “O Trovador Solitário”. Quando a lendária “cena de Brasília” já era uma força underground reconhecida, Renato Russo formou a Legião Urbana com Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Paulista. Um ano depois, Paraná e Paulista deixavam a banda e entrava Dado Villa-Lobos. Renato Rocha se juntou a banda em 84.

Com seus refrões poderosos e letras que falavam de inseguranças emocionais e do niilismo da geração crescida durante o regime militar, a Legião Urbana bateu fundo nos anseios dos jovens brasileiros. Sucessos como “Eduardo e Mônica” e “Quase Sem Querer” falavam uma língua que qualquer jovem urbano brasileiro dos anos 80 podia entender e se identificar.

A partir de 1993, Renato deu vazão a seus projetos solo e lançou The Stonewall Celebration Concert e Equilíbrio Distante.

O primeiro, cantado em inglês, foi homenagem ao grande amor de sua vida que morreu de overdose. Renato faz então seu disco mais militante ao som o orgulho de ser gay, ao som de covers da Broadway e Madonna. Stonewall é o nome de um bar nova-iorquino onde, num célebre acontecimento em 69, gays se rebelaram contra a ação política. Equilíbrio Distante traz Renato interpretando canções de música italiana, uma das manias recentes do cantor.

Renato era HIV positivo desde 1990, mas nunca assumiu publicamente a doença. Desde a época de “Descobrimento do Brasil”, Renato andava recluso e arredio e evitava a imprensa. As suspeitas se comprovaram em 11 de outubro de 1996 com sua morte por broncopneumopatia, septicemia e infecção urinária - consequências da AIDS -, pesando só 45 quilos.

3° Curaçá Pira

Muito Mais

2° Curaçá Pira

Mais atrações

1° Curaçá Pira

Atrações

Curaçá Pira

Organizado e idealizado por Maurízio Bim

Eventos históricos

O Rock ganha espaço...

Outras Bandas

DarkCat

Bichos Escrotos

Surge os Bichos Escrotos

A Consolidação do Rock em Curaçá

Em 1995 Maurízio conhece Biá e começam o movimento de rock "Bichos Escrotos". O título vinha da canção dos Titãs que os garotos gostavam muito, assim como Legião, Nirvana, Raimundos e Ultraje a Rigor, além de diversas outras bandas. Vários jovens se vestiam de preto, roupas rasgadas e andavam pela rua em festas: carnaval, fim de ano. Biá e Maurízio tocavam violão e tiveram a idéia de passar a compor e comprar instrumentos. Maurízio comprou uma guitarra e Biá outra. Maurízio comprou uma bateria depois e chamou Nilton para tocar. Antes disso Lula, primo de Biá, foi apresentado a Maurízio e logo tomou o lugar de guitarra solo. Os três violeiros gravavam canções dos Bichos Escrotos ainda no forno como: Conde Drácula, Cabral e Bateu Saudade (em 1995) e Espírito de Porco (em 1996). Ensaiavam muito "I saw you saying" dos Raimundos durante meio ano até se apresentarem ao público, pela primeira vez, em abril de 1997. Apresentação louca com máfia de som, apresentação de Dêmis, recém chegado ao grupo (cantou bebadão) e por fim uma briga em que um cara deu um tapa no outro que o sangue desceu no rosto bem quando Maurízio gritava o refrão da canção Conde Drácula: "...sangue não, sangue não...". Dêmis trouxe ao grupo o teatro e a poesia. Apresentamos três peças e poesias eram recitadas nas entre-canções. Balada a El Russo de Dêmis e Lula já era o maior sucesso da Banda. Dêmis compôs, junto com Biá, mais duas canções (Tempestualidade e SPM) . E nem tinha terminado o ano de 1998.

Muitas canções foram compostas em 1997 (A Tempestade é Culpa Sua e Canudos de Maurízio, A Chave de Maurízio, Lula e Biá). O ano foi proveitoso. Várias canções foram compostas, às custas de substâncias e criatividade, nas casas de Dêmis. Casas porque ele mudava sempre de endereço. E tinham mulheres, várias e curtições interessantes. Dêmis se vai e George entra na Banda por pouco tempo. Rosilene já era a presença feminina na canção Malandragem de Cassia Eller. Depois entram alguns bateristas para substituir Nílton, mas não dão certo. O ano de 1998 marca uma crise de identidade da banda que passa a tocar axé e forró, se apresentando em carnaval (com primeiro contrato) e Festa dos Vaqueiros (apresentação de artistas locais). Essa crise faz Maurízio tomar a decisão de parar. Anunciam o último show por três vezes até 1º de janeiro de 2000. Mas em 2000 a banda resolve ressurgir com interação com a Banda Baile (pagode e forró) e Novo Som (depois Milleniuns). Tocavam juntos para arrecadar grana para comprar instrumentos. Maurízio e Nílton tocavam nas duas. Compraram bateria, baixo e pedaleira. Depois a Nílton sai dos Bichos Escrotos e a banda pára mais uma vez. Maurízio é dispensado de Milleniuns que agora é pagode. Bichos Escrotos sai da interação sem bateria, nem baixo, Maurízio leva a pedaleira. Em 2000 Bichos Escrotos se apresenta em Juazeiro (Nilton ainda toca esse show) na UNEB onde Maurízio começara a estudar Pedagogia. Tocavam poucas músicas da banda e muitas dos outros: Ricardo entra na Banda. 2003 e 2004 foram os anos das melhores apresentações da Banda na Festa dos Vaqueiros de Curaçá. No primeiro com Sonicleuber (rapaz recém chegado de Feira de Santana) na batera, e Tessú no baixo e Dai na guitarra (estes dois vieram a convite de Maurízio - estudavam na UNEB). Naquele ano, Verbos, canção de Maurízio (de 1997) ganhara um terceiro lugar no Salão de Artes da UNEB com acompanhamento de Soni na batera e Nildinho no baixo (um irmão de Nildinho, Jotinha, também testou o baixo da banda, mas não durou muito tempo). Em 2004 Bolinha vai para a batera porque Maurízio não se entendia com Soni(cleuber) e brigavam muito. Nesse ínterim, Maurízio havia comprado uma bateria com Ricardo. Érico e Ernando tocam violão nessa última apresentação. Em 2005 tocam mais uma vez em Juazeiro, no lançamento do Selo do UNICEF para as crianças do sertão: Maurízio dá a louca e só toca músicas da Banda e o show é bem aceito. No fim do ano lançam o Curaçá-Pira.

Bichos é como o sociólogo curaçaense Esmeraldo Lopes, no livro Vozes do Matos diz: é a aquilo que vem do mato, gente ou animal. Escrotos na gíria sertaneja é hábil, astuto. Portanto, bichos escroto não sai do esgoto ou dos lixos urbanos e sim dos mato rural, do saber local e das mesas de bar, óbvio. O Curaçá-Pira é uma reunião de amigos que pagam o som, espaço e outros custos e traz bandas de outras cidades e acrescenta ao som dos Bichos Escrotos e dá muito rock n' roll. O 1º teve participação de Fernandinho, Pinzon, Bichos Escrotos e TED (Tessu, Eduardo e Dai). Essa idéia surgiu devido aos prejuízos causados nos últimos shows-discotecas da Banda: é melhor tirar o prejuízo antes. No São João de 2005 os Bichos tocaram várias canções e lançaram o primeiro rap (Contra-Hino Curação: uma crítica ao Hino de Curaçá). Foi feita uma entrevista com Maurízio, por Cidinha Medrado e a Banda saiu no jornal Tribuna do Vale de Santa Maria da Boa Vista (PE). No show do UNICEF já tinha lançado as canções: Juventude Transcendental (apologia o livro de Maurízio lançado naquele ano), A Pedra do Silêncio (um punk contando a história de um assassinato em Curaçá). A Feira de Curaçá e Tempo de Imbú (essa, letra de Dêmis) foram lançadas em 2004, na Festa dos Vaqueiros: já eram os maiores sucessos da Banda, além de Curaçálica (homenagem à Cia de Artes Livres com mesmo nome: um reggae), essa lançada no carnaval de 2001. A segunda edição do Curaçá-Pira vem em 7 de julho de 2006 com TED, Pinzoh, Prof. Paulo, Bichos Escrotos e Engrenagem (Banda de Petrolina): foi o maior sucesso. Músicas gravadas no show do UNICEF passam a serem veiculadas na Curaçá FM que nem foi inaugurada, especialmente no programa de Wilson Sena (zabumbeiro e flautista dos Bichos Escrotos desde 2004, no show da Festa dos Vaqueiro, especialmente nas canções Feira de Curaçá, Tempo de Imbu e A saga de Zeca Tufano (essa, uma letra de Dêmis músicada em ritmo de xaxado-metal).

A história continua...
A Banda Escrotos...entre idas e vindas...entre baixos e altos ainda é refúgio aos ouvidos de muitos jovens em Curaçá.


Bichos Escrotos


Surge os Bichos Escrotos


A Consolidação do Rock em Curaçá

A história do Rock Curaçaense!!!

Como tudo começou....

As primeiras baladas

Significado das Letras da LEGIÃO URBANA

O SIGNIFICADO DE CADA MUSICA DA LEGIAO



Antes de mais nada, acho bom justificar porque essa seção se chama "Depois do Começo". Bom, no encarte do albúm Que País é Este, Renato escreve sobre a música que leva esse nome: "...A letra contém diversas mensagens em código, ideal para quem gosta de descobrir significados secretos em letras de música. Cuidado, entretanto. Interpretar estes versos provavelmente dirá mais sobre que tenta decifrá-los do que propriamente sobre a música em si... "



Pois bem, essa seção tenta "interpretar", de uma forma séria e com base em declarações dos próprios integrantes da banda, algumas curiosidades que estão escondidas atrás das letras de Renato. As músicas estão em ordem alfabética, clicando no nome da canção você tem acesso a letra. Divirta-se!







1º de Julho - Essa música foi composta em 1994 por Renato para Cássia Eller. Depois que a cantora gravou a canção, a Legião a lançou no disco A Tempestade. Além de compor a letra, Renato fez a música também.



1965 (duas tribos) - A música fala sobre tortura na época da ditadura: 'Cortaram meus braços/Cortaram minhas mãos/Cortaram minhas pernas/Num dia de verão'. Renato, em 1994, disse numa entrevista: 'A música fala especificamente de tortura, e fala dessa idéia toda de o Brasil ser o país do futuro. A gente tem que ser o país do presente, a gente tem que viver o agora'.



1977 - Os dois primeiros versos da letra deram origem a música Tempo Perdido e é uma das músicas que devem fazer parte da caixa que será lançada pela EMI em breve, chamada Material, só com versões inéditas e músicas raras. 1977 foi gravada em estúdio.



A Canção do Senhor da Guerra - Era para fazer parte do terceiro lp da banda, mas por ser muito parecida com outras canções acústicas (a versão elétrica nunca foi aprovada pela banda) eles preferiram não incluir a faixa no disco.

Essa música fez parte de um programa infantil da Rede Globo, chamado "A Era dos Halley's". A Legião também gravou uma espécie de clip, onde aparecem vestidos com umas roupas no maior estilo viking, um verdadeiro horror.

A música foi lançada no disco Música para Acampamentos e existem, pelo menos, três versões diferentes gravadas para ela.



A Dança



A Fonte



A Montanha Mágica



As Flores do Mal



A Tempestade



A Via Láctea



Acrilic on canvas - Renato escreveu para a mesma menina de Ainda é Cedo e quando cita aquele monte de materiais de pintura a sua fonte foi a sua irmã, Carmem que pintava. Acrilic on Canvas é uma técnica de pintura, aqui no Brasil é conhecida como Acrílico sobre Telas. Clique aqui e veja uma tela do artista Luiz Zerbibi que usa essa técnica.



Ainda é cedo



Aloha



Andrea Doria - Nas palavras do próprio Renato Russo: "Andrea Doria é um navio que afundou. A idéia era fazer uma imagem meio E La Nave Va (filme de Frederico fellini, passado num transatlântico)... Na hora de escolher o título da música, fizemos um monte mitologias para a coisa ficar legal. E, no caso, Andrea Doria é uma menina. A música é um diálogo entre uma menina cheia de vida, alegria e planos, e que sempre me deu força, mas, nesse instante, é quem está derrubada. Têm coisas que ela fala pra mim e têm coisas que eu falo pra ela - o mundo está horrível, mas nós vamos conseguir, vamos juntos, etc. Quando você entra no mundo adulto, se não tomar cuidado, deixa entrar o cinismo, fica jaded. E a música é uma conversa em cima disso, e termina justamente falando: 'A gente tem toda a sorte do mundo' - sem especificar, porque, bem ou mal, a gente não é favelado, não morre de fome. 'Sei que tenho sorte, como sei que tens também'. Esse depoimento foi dado ao cantor Leoni, que o publicou no livro chamado Letra, músicas e outras conversas, de 1998. Renato ainda dizia que Andrea Doria é a mesma coisa de Será, um jovem que quer mudar o mundo, porque está tudo horrível. "Coloca bem a questão da juventude, ter sonhos, fazer planos e esbarrar neste mundo de hipocrisia, de mentira, do capitalismo, de consumismo".

Leia mais sobre a tragédia com o navio Andrea Doria



Angra dos Reis - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Estas (Mais do Mesmo também) foram feita logo após a gravação do "Dois". As letras são as mais recentes entre todas aqui. Este disco junto aos outros dois outros LPs completa o registro da Legião Urbana em sua atual forma."

- No clip da música, que foi gravado, lógico, em Angra dos Reis, Dado não pôde ir junto, pois sua esposa, Fernanda Villa-Lobos, estava grávida. Todas as cenas em que Dado aparece foram gravadas no Rio de Janeiro. No final do clip, sem nenhuma explicação aparente, aparece uma imagem de um bebê na barriga da mãe. Essa imagem é de Miranda, filha de Dado.



Antes das Seis



Anúncio de Refrigerante - Outra preciosidade de Renato Russo, essa canção retrata sua juventude, as ruas de Brasília, os fins de semana na capital federal: - com muitas coisas na cabeça, mas, no bolso, nada. Existe uma versão que rola pr aí, onde Renato canta essa música sozinho, na famosa gravação feita em seu quarto.



Baader-Meinhof Blues - Baader-Meinhof era uma grande organização terrorista alemã da década de 70. O grupo foi responsável por diversos atentados com bomba que mataram centenas de pessoas. A primeira frase da música é "A violência é tão fascinante", daí Renato usou o nome do grupo para intitular a canção. O objetivo da organização era forçar o Estado a reagir com violência também, causando uma situação de caos no país, o que facilitaria uma futura revolução. Bom, os planos do grupo foram por água abaixo.O nome da organização vem dos sobrenomes de dois dos principais terroristas: Andreas Baader e Ulrike Meinhof. Esses militantes da ultra-esquerda morreram na prisão entre 1976 e 1977. Para saber mais, visite o site deles.



Boomerang Blues - Essa música é uma raridade, Renato Russo nunca gravou 'profissionalmente' essa pérola, é uma de suas melhores composições. Foi gravada pelo Barão Vermelho, no disco Declare Guerra, ainda quando Cazuza era o vocalista. Existe uma versão rara de Renato cantando Boomerang Blues em seu quarto. A qualidade do som é satisfatória. Foi nessa k-7 que o jornalista Marcelo Fróes conseguiu recuperar a música e remixa-la e inclui-la no disco Renato Russo Presente



Clarisse



Comédia Romântica - Essa música, do disco Uma Outra Estação, foi feita para Marcelo Bonfá e Dado. Segundo o guitarrista, várias vezes quando Renato tomava um caminho errado (drogas pesadas, por exemplo) eles avisavam que aquilo era errado, que assim ele estava se autodestruindo. Bonfá falou para o Renato algo que ele não gostou nada de ouvir. Então Renato respondeu: "Eu tenho coragem de ser quem eu sou e mostrar isso pra quem quiser ver... e gosto muito de ser assim". A letra foi toda pensada nessa relação.



Conexão Amazônica - Mais bate-estaca. E dos bons. Assim com "Que País É Este" abriu caminho para temas mais tarde utilizados nas letras do grupo (principalmente no primeiro lp), "Conexão Amazônica", de 1980, definiu a sonoridade característica de grande parte das músicas da Legião Urbana: um ritmo esparso, quase marcial, repetido como um mantra elétrico sobre qual é feito uma variação vocal e instrumental (guitarras e efeitos diversos). Bate-estaca! Esta continua proibida até hoje proibida pela censura por causa da temática. Lembrando que discutir Freud e Jung em mesas de bar aconteça de verdade naqueles tempos (pelo menos em Brasília) e que o tema da música está hoje em todos os jornais e, pasmem, até nas novelas! Gente, até em chamadas do horário infantil (aquele anúncio do pó). Bem, alimento para cabeça nunca vai matar a fome de ninguém, mesmo.



Construção Civil - Essa música nunca foi gravada pela Legião Urbana, existe uma versão dela, cantada por Renato Russo, ainda no Aborto Elétrico. A gravação feita num show ao vivo, provavelmente na UnB, começa com Renato gritando: "- O nome dessa música é Construção Civil... Yeee! Bonitinho, gostei. Fuck!". A gravação tem cerca de 3 minutos meio.



Dado Viciado - Também faria parte do terceiro disco da Legião, mas, para evitar confusões com o guitarrista Dado Villa-Lobos, que não é o personagem citado na canção ela foi cortada. Isto permitiu espaço para a inclusão de Faroeste Caboclo. A música só seria lançada no disco Uma Outra Estação.

- O personagem Dado foi inspirado num primo de Renato, que, segundo o vocalista, era lindo: "Eu era o inteligente, com idéias maravilhosas; e ele era o Adônis, o Davi de Michelangelo, que até hoje tem problemas de dependência química, mas ainda não conseguiu ficar feio. Até os 13 anos, tivemos uma amizade absurda. Depois, ele seguiu o caminho dele e eu continuei perdidamente apaixonado", declarou Renato numa entrevista.



Daniel na Cova dos Leões - Renato disse certa vez que essa música é um baião e que não sabia se a Legião fazia rock, eles apenas tentavam. "Não foi uma procura de fusão, algo arquitetado por nós. Mas, vimos depois, surgiu naturalmente", afirmou.

- Daniel na Cova dos Leões é a primeira música em que Renato faz referência ao homossexualismo: 'Aquele gosto amargo do teu corpo/ficou na minha boca por mais tempo', Renato fez uma alusão ao sexo oral, deu pra entender?



Depois do Começo - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Nosso Ska, da época do revival Two-Tone, 1982 ou 83. A letra contém diversas mensagens em código, ideal para quem gosta de descobrir significados secretos em letras de música. Cuidado, entretanto. Interpretar estes versos provavelmente dirá mais sobre que tenta decifrá-los do que propriamente sobre a música em si. É conhecida através de uma gravação pirata de um show em Santos em 1983, que circula também em Brasília e no sul do país."



Desemprego



Dezesseis



Do Espírito



Eduardo e Mônica - Renato disse em 1995 que: "Graças à música, acabei me aproximando de um tal Fernando, que tinha chegado de Paris com uma grande coleção de discos - Traffic, Eric Clapton, tudo. Eu morava sozinho e namorava uma menina com filhos, a Lea [Coimbra]. Isso era 77,78. É ela a Mônica da música, e eu sou o Eduardo, só que menos bobo. É, eu lia, não era aquela coisa clube-e-televisão da letra".

- Léo já era artista plástica na época em que os dois se conheceram e, por vários descuidos, sempre aparecia para encontrar Renato "com tinta nos cabelos".

- Sabe aquela frase que Renato fala "Mas a Monica queria ver um filme do Godard"? Pois bem, Jean-Luc Godard nasceu em 1930 na suiça e foi um famoso diretor de filmes. Atuou principalmente nas décadas de 50 e 60 e renovou o cinema na sua época. Aclamadíssimo dirigiu uma das obras-primas do cinema (na opinião de Renato também), o filme Acossado. Clique aqui para ver outras influências de Renato.



Esperando por Mim



Eu Sei - Renato escreveu no encarte do disco: "Duas grandes redes de rádio transmitiram extensivamente uma gravação (pirata por sinal) das apresentações de fim de ano em Brasília, na Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional. Quando é hora do set acústico, qual não foi a minha surpresa ao termos grande parte do público chamando por "sexo verbal, sexo verbal"! Esta canção, antes conhecida por "18 e 21" aqui aparece com seu título definitivo. Das nove canções esta, talvez esteja mais próxima do espírito do segundo lp. Foi escrita em 1982, depois do Aborto Elétrico, pouco antes do aparecimento do Legião Urbana."



Eu era um Lobisomem Juvenil



Fábrica



Faroeste Caboclo - É uma história fictícia inventada e musicada por Renato. Segundo ele, Faroeste Caboclo é uma mistura de Domingo no Parque de Gilberto Gil e coisas de Raul Seixas com a tradição oral do povo brasileiro. "Brasileiro adora contar história e eu também queria imitar o Bob Dylan. Eu queria fazer a minha Hurricane", afirmou em 1990.

- Com duração de nove minutos, apresentada pela primeira vez (sob vaias iniciais dos punks) no Morro da Urca, em 1983. A música é de 1979, anterior a "Eduardo e Mônica"; seguindo a mesma linha: estória completa com personagens, começo, meio e fim. A letra (como todas as outras do disco) permanecem no original, rimas pobres e tudo. (declaração de Renato Russo)

- Sabe aquela hora da letra que fala assim: "O Jeremias, maconheiro sem-vergonha, organizou a Rockonha / E fez todo mundo dançar".



Fátima - Uma das mais belas músicas do Rock brasileiro também foi escrita por Renato Russo e Fê Lemos. Era a música que abria os shows do Aborto Elétrico e na época era cantada bem mais rápido do que atualmente na voz de Dinho. Tinha cerca de três minutos com o Aborto. Numa entrevista recente do Fê Lemos a uma rádio de São Paulo, ele disse que tocou a música para Renato e depois de cinco minutos ele já tinha composto toda a letra.



Feedback song for a dying friend - Leia o comentário de Millôr Fernandes sobre a canção que ele acabou traduzindo a pedido de Renato.

- Feedback Song for a Dying Friend Feedback Song for a Dying Friend tem uma música meio árabe, isso porque, na verdade, era para ter servido a uma música chamada Rapazes Católicos. A letra falava sobre religião e o conflito e as guerras santas do oriente médio. A letra foi escrita por Renato na época em que o escritor britânico Salman Rushdie escreveu o livro Versos Satânicos, que causou fúria no mundo islâmico, resultando até mesmo em uma sentença de morte proclamada pelo líder espiritual muçulmano, o Aiatolá Khomeini, que considerou o livro ofensivo para sua religião. Segundo Renato, no programa do Jô, ela teria essa estrofe: "Acho que eu vou ter que te matar / Por causa do teu Deus / Que os cristãos já fazem isso / Há muitos anos". A irmã de Renato Russo, Carmem Teresa, disse que não tinha gostado, e que achava a letra muito pesada. Como Renato ouvia muito a família, desistiu da idéia de gravar a música e hoje ela está engavetada na EMI. A Legião aproveitou a melodia com o trecho árabe e colocou a letra de Feedback Song for a Dying Friend que foi escrita logo após a morte de Cazuza, em 1988.



Ficção Cientifíca - Nunca foi gravada, mas existe uma versão gravada pelo Aborto Elétrico no mesmo show que foi gravada Construção Civil. E as duas tem o mesmo ritmo, bem punk, com vocais aos berros e um longo solo de guitarra e baixo no meio das duas músicas.



Geração Coca-Cola



Giz - Era a música que Renato mais gostava, a que ele considerava 'completinha'.



Há tempos - Renato costumava dizer que essa música sintetizava todas as outras colocações do disco As Quatro Estações. "Há tempos começa tranqüila; no final eu estou me esgoelando. Mas, quando você vê aquele bando de gente cantando 'Há tempos são os jovens que adoecem', não tem como não se emocionar".

- Quando a música começou a fazer sucesso, alguns críticos chamaram Renato de 'facista' porque ele usou a frase "disciplina é liberdade". Numa entrevista, em 1990, o cantor afirmou: "Eu estou falando de autodisciplina. Se você pensar numa relação sujeito-objeto, é facista; mas, numa relação sujeito-sujeito, não é".

- Essa mesma frase, "disciplina é liberdade", é uma inversão do famoso "double think" do 1984 (livro de George Orwell), que dizia 'Liberdade é escravidão', 'Ignorância é força'. Renato falou: "Se você tiver um conceito legal de liberdade, imediatamente surge uma idéia positiva".



High Noon (Do Not Forsake Me)



"Índios" - Renato disse que escreveu a letra de "Índios" (assim mesmo, com aspas) no estúdio, enquanto eles gravavam o disco Dois. "Têm coisas bem fortes ali... e eu mostrava para o grupo e eles: 'Legal, Renato'. E meu coração ali! Foi uma coisa muito difícil. Eu queria uma resposta e ela não vinha"



L'Avventure



L' âge d' or - No progama Invasão da Cidade, em 1992, Renato disse que o nome da música quer dizer "A Idade do Ouro" em francês. E, segundo ele, a letra é uma brincadeira sobre o que estava rolando naquela época.



La Maison Dieu



La Nuova Gioventú



Leila - Uma das músicas em que Renato é mais explicito em relação ao seu homossexualismo. Em certa parte da canção o seguinte trecho chama a atenção: "E você [se referindo a Leila, personagem da música] diz daquele seu jeito: - Ai, preciso de um homem / E eu digo: - Ah, Leila! Eu também / E a gente ri"



Longe do Meu Lado - "Ah, a sacarina do Bonfá! Ah, essas músicas que o Bonfá me manda! Aí, todo mundo acha que eu é que faço essas coisas, e que eu é que sou o melancólico do grupo! Eu tenho essa fama. Isso vem mais das letras. As minhas coisas são as coisinhas mais pop, mais bundas, mais pretensiosas e mais metidas a besta. O Bonfá é que faz Vento no litoral. Mas é preciso... Esta música é você utilizar o meio mais romântico para dizer 'Eu não quero estar apaixonado'. Sabe, são certas sutilezas. Esse cara está é louco, está se perdendo de paixão. Aí as pessoas pensam que isso sou eu, entendeu?", Renato Russo sobre a música.



Love in The Afternoon - "Esta música foi feita para o Luís, um amigo. A gente chegou a namorar um tempo. Ele morreu baleado por uns sujeitos estranhos, na saída de uma boate em Campo Grande, onde costumava ir. Isso é uma coisa terrível".

- "É uma música que foi escrita para diversas pessoas e, quando o Kurt Cobain morreu, a gente pensou assim: 'poxa, mas se encaixa direitinho'. Na verdade, esta música foi feita para todas as pessoas que vão embora cedo demais".



Love Song





Mais do mesmo - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Estas (se refere também a Angra dos Reis) foram feita logo após a gravação do "Dois". As letras são as mais recentes entre todas aqui. Este disco junto aos outros dois outros LPs completa o registro da Legião Urbana em sua atual forma."



Marcianos Invadem a Terra



Mariane



Maurício



Meninos e meninas



Metal contra as nuvens



Metrópole



Mil Pedaços



Monte Castelo - A letra foi adaptada do Soneto de Luís Vaz de Camões (1524-1580), poeta português renascentista que também escreveu "Os Lusíadas". Mas boa parte vêm do Coríntios 13 da Bíblia.



Música Ambiente



Música de Trabalho



Música Urbana - Também fazia parte das canções do Aborto Elétrico e acabou ficando com o Capital após o rompimento de Renato Russo e Fê Lemos.



Música Urbana 2



Natália



O Descobrimento do Brasil



O Livro dos Dias



O Mundo Anda tão Complicado



O Passeio da Boa Vista



O Reggae



O Teatro dos Vampiros



Os Anjos



Os Barcos - Renato disse sobre essa música que ela fala de 'um outro alguém', o someone else do Jimmy Webb, cantado pelo Art Garfunkel. Tudo bem, essa eu também não entendi.



Pais e filhos



Perdidos no espaço - Perdidos no Espaço foi um seriado bem popular da década de 60, quando Renato era criança.

- "E era como se jogassem Space Invaders" :: Space Invaders foi um dos jogos eletrônicos mais famosos de todos os tempos, além do fliperama, ganhou uma versão para o antigo Atari. O objetivo era matar as naves inimigasque queriam pousar na terra, onde você estava, atirando neles que desciam cada vez mais rápido.



Perfeição - A música foi feita por Marcelo Bonfá e quando Renato escutou pensou logo na letra dela, falando do momento que o país passava e que pelo jeito não mudou muito de lá pra cá. Escute um depoimento de Renato Russo sobre essa música.



Petróleo do futuro



Plantas embaixo do aquário



Por enquanto



Quando você Voltar



Quando o sol bater na janela do teu quarto - Segundo Renato, esta música tem uma sonoridade dos anos 60 e termina com uma guitarrinha à la Byrds. "Até bem pouco tempo atrás, a gente realmente acreditava que poderia mudar alguma coisa. Depois, percebemos que não ia dar mais para mudar, mas continuamos acreditando", disse.



Quase sem querer



Que país é este - Essa pergunta, não é uma pergunta, é uma exclamação!

- Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "É uma das arcas registradas da Legião Urbana junto com "Geração Coca-Cola", escrita em 1978 para o então Aborto Elétrico e, mais tarde, incorporada definitivamente ao repertório da Legião. Com seu ritmo tribal e seus três acordes, foi a música de abertura de virtualmente todas as apresentações ao vivo da banda, também por ser ideal para passar na passagem do equilíbrio do PA (power amplification) e do som no palco. Seu refrão (com direito a ô, ô, ô, ô e participação do público) é simples, direto e eficaz. Nunca foi gravada antes porque sempre havia a esperança de que algo iria realmente mudar no país, tornando-se a música então totalmente obsoleta. Isto não aconteceu e ainda é possível se fazer a pergunta do título, sem erros. Jimmy Page dizia que o bom do rock é que não se aprende na escola. Outros atacam: "para ser roqueiro basta pendurar uma guitarra no pescoço e sar por aí, fazendo a música mais primária do mundo". Oras, mas é este mesmo o espírito da coisa! O ataque continua: "O rock é isso mesmo, um bate-estaca. A coisa mais elementar que existe, mais primitiva, menos inventiva que pode acontecer. O rock não é novidade, é uma imposição, uma ditadura. É um sistema estético com a intenção de embotar a cabeça do jovem. Som, pois se você fica com aquele bate-estaca o dia inteiro na cabeça, você se esquece da realidade que o cerca, de coisas realmente importantes". Dois apartes aqui. Realmente o rock não pode ser novidade já que é uma forma musical que nasceu em 1955, não te mais de trinta anos portanto. Bate-estaca ou não juvenil ou não, preste atenção à letra de "Que País É Este". Não nos parece coisa de gente que esqueceu da realidade que a cerca. Comparar o rock com ditadura? Que país é este? Quem é Jimmy Page?"



Química - Essa foi a música que abriu as portas para a Legião. Gravada pelos Paralamas, no seu primeiro disco, a letra chamou a atenção de Jorge Davidson, ex produtor musical da EMI, um dos responsáveis pela contratação da Legião pela gravadora. Foi ele quem ouviu as primeiras fitas demos do grupo e chamou a Legião para gravar um disco.

- Química ficaria marcada como o estopim que acabou com o primeiro conjunto de Renato, o Aborto Elétrico. Numa discussão, Fê Lemos, baterista do grupo, disse que a música era horrível e que Renato estava perdendo "sua capacidade de fazer músicas". Foi a última vez que o Aborto se reuniu.

- Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "Também gravada em primeiro take (baixo, guitarra e bateria de uma só vez), está aqui em uma versão diferente da que foi incluída nas cópias cassete do segundo lp. Grito de guerra dos vestibulandos, escrita em 1981 para violão e voz."

- No final da letra existe uma expressão "Belsen Tropical". Belsen era um campo de concentração da Alemanha Nazista.



Riding Song





Sagrado Coração



Schubert Länder



Se fiquei esperando o meu amor passar



Sete cidades



Será



Sereníssima



Só Por Hoje - É o lema dos Narcóticos Anônimos, a música foi composta na época em que Renato estava se desintoxicando.



Soldados - Foi a primeira música com "sensibilidade gay" da Legião, segundo o próprio Renato. "Quem vai dizer agora o que eu não fiz?/Como explicar pra você o que eu quis"

- Inspirada em dois flmes de guerra (Nada de Novo no Front e Gallipoli), a música surgiu meio que sem querer, com o Bonfá brincando na bateria e o Dinho, do Capital, tirando umas notas no baixo.



Soul Parsifal



Tédio (com um T bem grande p'ra vocês) - Comentário escrito por Renato Russo que faz parte do encarte do disco Que País é Este: "A terceira música da época em que Renato Russo tinha o Aborto Elétrico (muda o nome desse conjunto, meu filho). Sempre quisemos ter uma música entre parênteses. Algo como "(I Cant't Get No) Satisfaction" ou então "(baby, I'm On) Fire". Faz parte da primeira leva: é de 1979 e totalmente boba. Gravada em primeiro take é ótima para festas e era uma espécie de hino dos punks de Brasília naquela época. Os mais modernos podem cantar Césio com um C, se desejarem. Só não foi incluída no primeiro disco por que achamos que deveríamos falar sobre coisas mais sérias. Soldados, por exemplo. Na verdade, foi mesmo porque o Biquíni Cavadão já tinha gravado uma música com o mesmo nome."



Tempo Perdido



Teorema



Travessia do Eixão



Uma Outra Estação



Um dia Perfeito



Vamos fazer um Filme



Vento no litoral - Renato Russo deu a seguinte entrevista para a Folha de S. Paulo onde fala sobre a música: "eu vivi uma relação muito intensa, muito difícil com um americano. Ele vivia no gueto de São Francisco - era gay de carteirinha. Ele veio para o Brasil - ele era lindo, louro - e as meninas deram em cima. Aí veio aquela coisa de macho, porque todo homossexual masculino é macho, não adianta. Ele era dependente químico também, a gente viveu uma relação Sid & Sid. Ele, de speed, e eu, de álcool e tranqüilizantes. "Vento no Litoral" fala justamente disso: "Lembra que o plano era ficarmos bem", era o nosso plano. Só que não deu certo". O americano que ele fala é Scott, a grande paixão de sua vida.

- Vento no Litoral foi trabalhada, a princípio, para fazer parte do disco As Quatro Estações, quando Negretti ainda fazia parte da banda. Após a saída do baixista, os outros três integrantes regravaram a faixa mas só a utilizaram no lp V.